terça-feira, 27 de junho de 2017

10 ERROS QUE OS PREGADORES DEVEM EVITAR

Por Enilson Heiderick “Que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina” (2 Timóteo 4.2). Creio que essa era a principal preocupação do apóstolo Paulo ao escrever esta segunda carta a Timóteo. De fato, o jovem Timóteo jamais deveria ser levado por outras distrações que lhe desviasse o foco da mensagem cristocêntrica. Podemos dizer que o conselho dado a Timóteo não tem sido muito bem aproveitado por muitos pregadores do século 21. Em muitas igrejas o foco da mensagem cristocêntrica tem sido substituído por outras coisas totalmente alheias e desnecessárias. Temos visto muitas “pregações” que nos deixam estupefatos e até mesmo preocupados. Devemos esclarecer que o nosso objetivo aqui não é ensinar a pregar a Palavra, mas identificar e alertar sobre alguns desvios cometidos no meio do arraial dos santos. Mencionaremos pelo menos 10 inconveniências que frequentemente ocorrem nos púlpitos de nossas igrejas, que os pregadores devem evitar: 1 – Abandonar o texto Pregar a Palavra não consiste em ler um texto bíblico e imediatamente abandoná-lo para em seguida falar da própria experiência, dos sonhos, visões e conquistas espirituais e seculares. Por mais que tenha algo de interessante, nada deve substituir a exposição da Palavra. A exposição da Palavra por sua vez não deve ser confundida com a narração de várias histórias sem vínculo algum com a passagem em pauta. Iniciar, por exemplo, com a parábola do filho pródigo e completar com a cura do cego de Jericó e concluir com a mulher samaritana sem fazer a devida contextualização e aplicação prática. Isto feito pouco se aproveita. A falta de objetivo na pregação dificulta a compreensão por parte dos ouvintes. Esse tipo de pregação tem sido muito favorável às conversações paralelas na igreja. Fomos chamados para dizer o que Deus disse em sua Palavra! (Ez 33.7). 2 – Usar citações indevidas Pregar não é citar intelectuais do mundo, dizendo o que eles pensam ou pensavam sobre Deus, sobre o pecado e sobre quaisquer assuntos espirituais. A igreja não está interessada em saber o que um sociólogo, psicólogo, ou filósofo tal disse sobre Deus, sobre o pecado, sobre a família, etc. O que importa para a igreja é o que Deus diz em Sua Palavra. Um homem por mais intelectual que seja, se não for um homem de Deus, a sua teologia não é correta, e, portanto descartável. Sempre que o apóstolo Paulo precisava fundamentar seus argumentos ele se expressava assim: “Mas o que diz a Escritura?” (Gálatas 4.30). 3 – Exagerar falando das novidades do mundo Pregar não é gastar boa parte do tempo falando das tecnologias do século 21, de política ou mesmo comentar conteúdo de filmes, novelas ou noticiários veiculados na Tv ou internet. Nada contra a informação, precisamos dela! Mas a igreja não se reúne para isto. O que acontece? – Jesus foi bem claro em Lucas 6.45: “O homem bom, do bom tesouro do seu coração tira o bem, e o homem mau, do mau tesouro do seu coração tira o mal, porque da abundância do seu coração fala a boca”. A igreja se reúne com objetivos específicos, voltados à adoração. Ela jamais deve ser confundida com os atenienses, que nos dias de Paulo se ocupavam apenas em ouvir ou dizer as últimas novidades. 4 – Testemunhar negativamente Pregar não é falar detalhadamente sobre a nossa vida de pecado antes de receber a Cristo como Salvador, isto só gera constrangimento! Testemunhos devem ser dados, mas somente são proveitosos quando se tem em mente 1 Pedro 4.11: “Se alguém falar, fale segundo as palavras de Deus; se alguém administrar, administre segundo o poder que Deus dá; para que em tudo Deus seja glorificado por Jesus Cristo, a quem pertence a glória e poder para todo o sempre. Amém”. 5 – Ter visão distorcida da glória de Deus Pregar a Palavra não é avisar a igreja o tempo todo que vai descer a glória de Deus e nada acontece! A igreja cansa de esperar por esse momento “glorioso” que nunca chega. Qualquer crente instruído na Palavra de Deus sabe que a glória de Deus não se manifesta através desses expedientes. O máximo que esses “pregadores” conseguem é transmitir uma ideia errada acerca da glória de Deus, principalmente para os novos convertidos. 6 – Querer atuar no lugar do Espírito Pregar não é tratar asperamente a igreja porque não está dando “glória a Deus”. Qualquer pessoa sabe que quando o pregador está sob a unção do Espírito a igreja glorifica a Deus naturalmente sem pressão nenhuma. Comandos dessa natureza são indícios de que o pregador não orou, não se consagrou e negligenciou o estudo da Palavra. Ele deveria pelo menos lembrar que a igreja continua sendo a noiva de Cristo! Imagine como Cristo se sente vendo alguém brigando com a noiva dele! 7 – Dar comandos exclusivistas Pregar não é emitir comandos exclusivistas do tipo: “Só quem vai morar no céu levanta a mão”. Se essa insinuação fosse verdadeira, alguém que sofresse de bursite não iria para o céu! Nem é necessário dizer que a nossa salvação depende destes modismos baratos para ser verdade. Graças a Deus, pela liberdade que temos em Cristo não somos obrigados a obedecer a esses tipos de comando. 8 – Manifestar inimizade Pregar não é desabafar ou discordar direta ou indiretamente do pastor, do dirigente da congregação, ou mesmo de qualquer membro da igreja. Esta “sabedoria” nunca servirá para a edificação da igreja. Em Tiago 3.14-16 temos uma alerta de Deus: “Mas, se tendes amarga inveja, e sentimento faccioso em vosso coração, não vos glorieis, nem mintais contra a verdade. Essa não é a sabedoria que vem do alto, mas é terrena, animal e diabólica. Porque onde há inveja e espírito faccioso aí há perturbação e toda a obra perversa”. Púlpito nunca foi lugar para desabafo! 9 – Usar lendas e mitos como ilustrações Pregar não é se valer de mitos ou lendas para ilustrar a mensagem. Embora essas histórias contenham lições morais, jamais tem autoridade para ilustrar a verdade da Palavra de Deus. Diga-se de passagem, Deus jamais precisou de uma ajuda extra do diabo (que é o pai da mentira) para ilustrar a Verdade de sua Palavra. Para isso Deus nos deixou todo o Antigo Testamento e as parábolas de Jesus, perfeitas ilustrações para qualquer doutrina bíblica. 10 – Gritar em vez de pregar Pregar não é ordenar publicamente ao sonoplasta que aumente o volume do microfone apenas para exibir a “excelência” do timbre de voz do pregador. Na verdade gritaria nada tem nada a ver com unção. Para muitos pregadores a igreja é composta apenas de surdos. Por esta causa muitos não-crentes não põem mais os pés no prédio da igreja. Que se pregue a Palavra com veemência. A Bíblia diz que Apolo pregava com veemência, mas em Atos 18.24 a qualidade mais destacada de Apolo é que ele era eloquente e poderoso nas Escrituras. Conclusão Devemos lembrar que a pregação deve ser cristocêntrica do começo ao fim, sem subterfúgios para citações descabidas e modismos absurdos. A exposição do evangelho de Cristo deve ser feita de forma simples e pura. Isto é o suficiente para que a igreja seja edificada e os pecadores entendam o plano de Deus para a salvação. Quem se propor à pregação da Palavra deve estar atento ao significado de “manejar bem a Palavra da verdade” (2 Timóteo 2.15). Atenção! Textos, fotos, artes e vídeos do Portal Seara News (www.searanews.com.br) estão protegidos pela legislação brasileira sobre direito autoral. Não reproduza o conteúdo em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem a devida autorização. As regras têm como objetivo proteger o investimento feito na qualidade do trabalho realizado. 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sábado, 24 de junho de 2017

Mauro Alves “NÃO JULGUEIS” — O QUE ISTO SIGNIFICA? por: Ciro Sanches Zibordi Diante de contundentes críticas a condutas e posturas incompatíveis com as Escrituras, alguns cristãos, especialmente os fãs de celebridades do mundo gospel, costumam citar mecanicamente o que o Senhor Jesus disse em Mateus 7.1, como se fosse um clichê. E acrescentam: “Não cabe a nós o julgar”, “Quem é você para julgar?” ou, ainda, “Somos o único exército que mata os seus soldados”. Mas será que todos sabem o que Jesus quis dizer com a frase: “Não julgueis”? Em 1 Pedro 4.17, está escrito: “já é tempo que comece o julgamento pela casa de Deus”. E, em 1 Tessalonicenses 5.21 (ARA), lemos: “julgai todas as cousas, retende o que é bom”. Que tipo de julgamento de todas as coisas é esse, que começa pela casa de Deus, se não cabe a nós o julgar? De acordo com a Palavra de Deus, os servos do Senhor Jesus devem julgar, sim! E isso significa provar, examinar e discernir todas as coisas (At 17.11b; 1 Co 2.15; 6.1-6; 10.15; 11.31,32; Hb 13.9), inclusive a profecia (1 Co 14.29). Devemos provar “se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo” (1 Jo 4.1). Mas o nosso julgamento deve ser baseado na reta justiça, e não na aparência (Jo 7.24). Daí o Senhor ter ensinado “Não julgueis, para que não sejais julgados” (Mt 7.1), referindo-se ao julgamento calunioso e difamatório. Veja o que está escrito no versículo seguinte: “porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós”. Aliás, nesse mesmo capítulo 7, o Mestre nos ensina a julgar, no sentido de provar, discernir, examinar, exercer discernimento, ao enfatizar a necessidade de cautela ante os falsos profetas (vv. 15-23).#FicaADica. Ciro Sanches Zibordi

Heresias Pentecostais

sexta-feira, 23 de junho de 2017

Modismos: cultos de reteté e sapatinho de fogo?

Embora o termo “modismo” tenha imediata associação com o universo estilístico e da moda; a semiótica ligada à expressão vai para além dos desfiles, passarelas, vitrines e desejos dos guarda-roupas femininos. O entendimento e a dinâmica do termo pressupõem que o indivíduo é influenciado por novas e emergentes expressões sociais, culturais e religiosas – que como novas tendências comportamentais e expressionistas alteram o modo de desejar, fazer, falar e ser – num determinado período de tempo (pois modismos são temporais); notabilizando-se pelo uso das mesmas roupas, corte de cabelo, expressões de linguagem, música, ideais coletivos, chavões de grupo, bem estar, consumos e práticas das mais variadas. Todo desdobramento e envergadura dos modismos – sejam de cunho religioso ou não – objetivam a adesão do indivíduo as novas práticas e experiências propostas pelo movimento modista. Quando o Neymar (jogador do Barcelona) começou a adotar diferentes cortes de cabelo –acabou lançando um novo “hair style” para seus fãs mundo afora – depreendendo daí um exemplo nítido de modismo. Outro ponto importante é que qualquer modismo precisa da adesão de formadores de opinião para emplacar e no meio religioso não é diferente. Grandes igrejas com seus líderes inovadores, cantores da música gospel e pregadores avivalistas são os mais prováveis candidatos a emplacar uma nova moda entre o povo. Desde “unções do paletó” a “rolezinho gospel”; de suspensórios masculinos (lançados por um ilustre pregador, doutor em divindades e deputado federal) a “unções proféticas”; vira e mexe muitos irmãos estão participando! No segmento cristão o termo modismo aplica-se a crenças e comportamentos cúlticos, litúrgicos e até místicos ligados a “novas revelações e experiências de fé” sem qualquer suporte das Escrituras. Modismos são mais notados entre pentecostais e neopentecostais e tem sentido objetivo de desvio doutrinário por não poderem se fundamentar na bíblia, possuírem levantes históricos controversos e apresentação teológica inconsistente. Como no mundo secular, entre os pentecostais e neopentecostais os modismos geralmente são apresentados por figurões persuasivos, líderes que partindo do campo da experiência pessoal – estabelecem um novo “padrão de evangelho” com manifestações das mais variadas e estranhas. Enquanto alguns “movimentos” desenvolvem e espalham suas invenções e inovações quase sempre caracterizadas por exageros e tentativas da representação física e palpável do sagrado; os pentecostais clássicos sustentam uma posição restritiva a tais manifestações, exatamente por desejarem preservar os padrões litúrgicos e doutrinários herdados; e esse firmamento se constitui como a maior oposição aos modismos entre esse grupo. Psicólogo ajuda cristãos a vencer o vício da pornografia Sei que não serão todos os pentecostais que concordarão comigo quanto à existência de modismos extrapolados em seu meio. Saliento que os relatos históricos dos primórdios pentecostais no Brasil apresentam experiências que estão em perfeita consonância com as mencionados nas Escrituras tais como o batismo com o Espírito Santo, o falar em línguas, dons espirituais e cura divina (At 2.4; 8. 17; 19.6; 1 Co 14.5) e todos nós como continuistas acreditamos, vivenciamos e pregamos tais graças. A questão é que mesmo que “a ala do pentecostalismo clássico” não aprove os exageros das experiências emotivas, confusão litúrgica e homilia extra-bíblica que compõe os “modismos” praticados na atualidade em nossas denominações; temos de admitir que fomos influenciados por ondas e modas “renovacionistas” que nos distanciaram de nossas origens, identidade e comportamento histórico. O motivo óbvio para tal declaração é que fomos dando cada vez mais ênfase às experiências como afirmações doutrinárias através da prática de campanhas, revelações, unções especiais e outras agregações heterodoxas. Modismos quando tratados á luz da Palavra de Deus são revelados como suposta autoridade espiritual com conotações e desfechos distantes dos ideais do Novo Testamento como, por exemplo, unção do riso, da imitação de animais, de cair no espírito, de obturações de ouro, de perda de peso e etc. Pretensa materialização de poder através de consagração de objetos como chaves, carnês de contribuição, lenços, rosas, água e etc. Engodos de restauração por meio de sessões de descarrego, quebra de maldições, regressão, mapeamento genealógico, anulação negativa do poder do nome que a pessoa recebeu e etc. Disparates de contexto bíblico e cultural por intermédio da importação de símbolos e emblemas do templo e culto dos israelitas (algumas igrejas já têm reproduções da arca da aliança e do menorá em seus púlpitos); por quererem assimilar funções do serviço levítico e sacerdotal do A.T à música e ao ministério pastoral do N.T. Quem dera se os pontos críticos dos “modismos liturgizados” fossem apenas um descontrolado ápice emocional ou um extravasar sentimental praticado por membros das igrejas que assumem tais costumes. A incoerência maior é que estas tendências estabelecem crenças infundadas através de seu teologismo distorcido. Comprometem e corrompem a relação do crente com Deus desenvolvendo uma condução menos bíblica e mais emotiva da vida cristã. Estabelecem “novos e invertidos valores” da mordomia bíblica que não é a de servir a Deus e ao próximo, mas a si mesmo; elevam a autoridade do “dom de revelação” à própria inspiração das Escrituras, dando ênfase mais a essas “revelações pessoalmente dirigidas” do que aquelas milenarmente comunicadas através da Bíblia para a vida comum da Igreja de Cristo. Modismos do lado aderente geram manias e no outro lado resistente a elas acabam por desenvolver fobias, gerando dissensões e embates entre os irmãos. Outro modismo litúrgico são os tais “cultos de reteté”. O historiador pentecostal Isael de Araújo assim os descreve: “Nos cultos “reteté”, pessoas marcham, pulam, contorcem, caem, riem, berram, ficam rodopiando pra lá e pra cá num verdadeiro reboliço. Geralmente, essa desordenada movimentação se dá enquanto hinos são cantados em ritmos como forró ou axé, com batuques e pandeiros que lembram reuniões do candomblé. Para os crentes do “reteté” só os seus cultos são verdadeiramente pentecostais e têm o mover de Deus. Mas esses cultos ultrapassam os limites da meninice e muitas vezes são pura expressão de carnalidade e falta de temor a Deus. Seus dirigentes são obreiros neófitos que não estimulam o povo a ler mais a Bíblia e ser mais equilibrados”. Gutierres Fernandes Siqueira do blog Teologia Pentecostal refuta os “cultos de reteté” a partir de 1 Co 14:20-40): “Qual o problema do reteté? São vários os problemas com essa modalidade de culto e seria necessário rasgar I Co 14 das Sagradas Escrituras, para aceitar o reteté”. a) A passagem ensina ordem e decência (v.40), além de mostrar que os dons têm propósitos para edificação da Igreja (v.26). “Faça-se tudo para edificação”. b) Deus não é de confusão (I Co 14.33). O reteté encarna o caos! c) O “reteté” infantiliza, contrariando o bom-senso exortado pelas Escrituras (I Co 14. 20) d) O culto é racional (Rm 12.1), enquanto o “reteté” inspira os mais primitivos instintos emocionais, desprezando por completo o intelecto. Finalizo observando que modismos não resolveram o problema do protestantismo norte americano e canadense e certamente sua importação para o nosso país menos bem tem feito a igreja evangélica brasileira. O interesse das igrejas pentecostais nesta última hora não deveria ser por “novidades espirituais importadas ou adaptadas”; percebemos uma igreja inchada em seu “ego autoritário” (Ap 3.7) e vazia da autoridade do Espírito; composta por crentes que se acham ungidos para amaldiçoar e declarar coisas que nem medem as conseqüências se fossem realizadas. O verdadeiro culto pentecostal é composto de hinos, exposição das Escrituras, exercício na coletividade dos dons espirituais (I Co 14.26). A liturgia pentecostal não deve ser o extremo oposto da equilibrada liturgia tradicional, pois o que diferencia é o exercício dos dons, com toda moderação e seguindo as diretrizes da Bíblia. É tempo de voltarmos (Ap 2.4-5) à prática do puro e simples Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo!por Silvio Costa

Leilão de Uma Alma Parte 1

https://youtu.be/t49K5DodkTk